sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

A Irmã

Marcelo acordou com uma tremenda ressaca. Nu, sozinho, mal. Ele sentou na cama e começou a chorar. Chorava por não se sentir um bom filho, um bom pai, enfim, um bom homem. Desprezado pelos pais, humilhado pela ex-mulher, envergonhado pelo filho e abandonado pela namorada, é parceiro, Marcelo acordou na maior bad.

Ele caminhou vagarosamente para a sala e encontrou seu filho dormindo no sofá novamente. Do lado do garoto tinha umas batatas fritas. Ele acordou o menino.

_ Que foi, pai?
_ Que horas você passou na lanchonete?
_ Não passei, a tia Carla que trouxe essas fritas.
_ Quando ela esteve aqui?
- Ainda está aqui, tá na sua academia, fazendo esteira.

Marcelo caminhou até a academia e encontrou sua irmã, Carla Muenz.

Carla Cabral tem 32 anos, é psicóloga e foi casada com o empresário Hugo Muenz. Divorciou-se há cinco anos, mas continua usando o nome do marido como seu nome profissional.

_ Mano, que bom te ver.
- Queria poder dizer o mesmo.
_ O que houve, está triste?
_ A Denise terminou comigo.
_ Quem é Denise?
_ Minha namorada...
- Que namorada?
_ Ah, esquece. Que bons ventos a trazem aqui, mana?
_ Tô saindo com um cara, queria que você conhecesse ele.
_ Ah não, Carla. Acabei de levar um pé da minha garota, não tô com cabeça pra conhecer novos namorados da minha irmã!
- Marcelo, não seja egoísta, já combinei um jantar de fim de ano com nossos pais e ficaria muito feliz que você e o Léo fossem passar conosco. Há quantos anos tu não passa o Reveillon com a tua família?
_ Eu sei lá.
_ Então, vem passar o ano nvo com a gente, tenho certeza que você vai adorar o André.
_ André de quê?
- Haffer.
_ Alemão?
_ Aham.
_ Saco!

Marcelo prometeu à sua irmã que pensaria no assunto, livrou-se dela e voltou a dormir. Antes de ir embora, Carla deu-lhe um conselho:

- Sei que você tem uma vida desregrada, torra toda sua grana com bebidas e prostitutas, isso quando não parte pras drogas. Quem sabe se você tentasse ser uma pessoa melhor, Denise ainda estaria com você, ou até mesmo a Suzana.
- Ou as duas...
_ Não, mano, uma ou outra.
_ Não vou acatar conselho da minha irmã caçula. Tchau.

FIM

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Um Vislumbre na Mente de Marcelo Cabral Filho-PARTE II

Marcelo acordou com vermelhidão genital, mas não deu muita importância, na manhã seguinte sentia coceira e ardência ao urinar. Ele foi ao urologista, que lhe receitou comprimidos e uma pomada.

À noite, ele recebeu um telefonema de Denise, lhe convidando para uma confraternização de fim de ano da faculdade. Ele aceitou o convite, mas para não levantar suspeitas da namorada, aplicou uma quantia exagerada de pomada no local infectado. Durante toda a festa Marcelo sentiu uma forte coceira e sensação de queimação nas virilhas. Quando ele foi pra cama com Denise ela estranhou as bolhas e a vermelhidão genital e perguntou:

_ Que isso, amor?
_ Nada não.
_ Como assim? tá vermelho e tem bolhas.
_ Ah, é só uma alergia.
_ E como você pegou essa alergia?
_ Lembra que semana passada eu tive que ir a São Paulo resolver umas coisas?
_ Lembro.
_ Então, devo ter pego isso no lençol do hotel.

Denise não se convenceu.

_ Minha mãe disse pra desconfiar de você.
_ Por quê?
_ Ela sabe que você ainda era casado quando começamos a sair.
_ Hum.
_ E até a Suzana falou pra eu ficar alerta.
_ Ah, é?
_ Aham.
_ Bobagem.
_ Em todo caso, enquanto você não curar essa alergia aí, não dormiremos juntos.

No sábado à noite, Marcelo e Denise foram jantar no Macarronada Italiana da Beira Mar. Após a janta, o casal se levantou e caminhou para o caixa. A moça que cobrava era uma bela loira de olhos verdes, chamada Ju.

_ Boa noite, são trinta e nove com...Marcelo?!
_ Oi.
_ Por que não ligou?
_ Como é?
_ Com licença, moça. Você conhece meu namorado?_ perguntou Denise.
_ Se conheço, já tive que tomar muitas pílulas por causa dele.
_ Há quanto tempo se conhecem?
_ Uns três anos.
_ Quando estiveram juntos pela última vez?
_ Duas semanas.
_ Bom saber.

Denise saiu indignada do restaurante. Marcelo pagou e correu atrás dela.

_ Espera, espera!
_ Esperar o quê? seu safado!
_ Saí com ela algumas vezes, mas ela não significa nada, gosto de você!
_ Tentaram me alertar várias vezes, mas eu não quis enxergar. Não me ligue, nem me procure, me esquece!!
_ E quanto às festas de fim de ano?
_ Você tem filho, tem amigos e as suas amantes, se vira!

FIM

sábado, 24 de dezembro de 2011

Só pra dar uma descontraída

Entrei no puteiro com o Henrique, aí veio uma putona bem gostosa, sentou no meu colo e pediu um drink. Olhei bem pra ela e falei:

_ Cara quadrada, furo no queixo, tu é travesti, né? Sai daqui, sai! Te arranca!

FIM

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Conhecendo os pais dela

Léo bateu à porta do quarto de Marcelo.

_ Telefone, pai.
_ Cai fora!
_ É a Denise.

Marcelo estava nu na cama, com duas garotas, Aninha e Duda.

_ Com licença, meninas, mas eu preciso atender.
_ Achei que você não se relacionava mais com sua ex._ disse Duda.
_ Não relaciono, mas essa é a atual.

Marcelo abriu a porta e atendeu o telefone:

_ Oi, querida, o que houve?
_ Tô indo jantar com meus pais e pensei em te convidar.
_ Minha linda, bem que eu queria, mas não posso, tenho um trabalho pra terminar.
_ Amorzinho, a gente namora há nove anos, se você nunca for conhecer minha família, eles vão começar a achar que meu namorado é imaginário.
_ Entendo. Mas não tenho ninguém pra cuidar do Léo.
_ Traz ele junto.
_ Seus pais não iriam gostar disso.
_ Por que não?
_ Bom, ele é a única coisa que me sobrou do casamento.
_ Pára de ser bobo, manda o Léo se arrumar, que eu tõ passando aí daqui a meia hora.
_ Meia hora, ok.

Marcelo desligou e pediu para as garotas irem tomar um banho de piscina.

_ Mas nós não trouxemos biquini._ respondeu Aninha.
_ Podem ir de lingerie.
_ Marcelo, você esqueceu que não usamos lingerie?
_ Então mergulhem como vieram ao mundo.

Elas dirigiram-se à piscina e ficaram lá, mergulhando e bebendo.

_ Léo vai tomar barro e te arrumar que a Denise tá passando aqui pra nos levar pra conhecer os pais dela.

O menino obedeceu, Marcelo também tomou um banho e quando ele estava se barbeando Denise chegou.

_ Filho, vai fazer sala pra Denise enquanto termino de me arrumar, e não deixa ela chegar perto da piscina.
_ Como é que se faz sala?
_ Fica na sala com ela, oferece um drink.
_ Tá.

Léo foi pra sala e recebeu Denise.

_ Quer beber alguma coisa?
_ Um Martini, por favor.
_ Pode se servir. É que o pai não deixa eu chegar perto da bebida, não depois da festinha que eu fiz esses dias.

Antes de ir para sala, Marcelo foi falar com as garotas que estavam na piscina:

_ Divirtam-se e fiquem à vontade, se o telefone tocar ignorem.

Ele encaminhou-se para a porta da sala com Léo e Denise, quando ela e o menino saíram, Marcelo disse:

_ Vão indo pro carro, que já vou, é que esqueci de fazer uma coisinha.

Ele entrou e tirou o telefone do gancho. "Pra garantir."

Quando Denise chegou com seus convidados na casa dos seus pais, sua mãe Raquel foi quem os recebeu.

_ Oi, filha, como você está?
_ Muito bem, mãe. Estes são Marcelo e o filho dele, Leonardo.
_ Hum, até que enfim eu conheci o famoso Marcelo Cabral Filho!

Raquel é uma senhora de quase cinquenta anos, morena, baixinha e magra, do tipo que pode ter sido gostosa quando jovem.

_ Milton, os meninos chegaram!
_ Já vou, só tô terminando de limpar as hemorroidas!
_ Milton! Tenha modos!

Ao sentarem-se à mesa, Raquel faz algumas perguntas a Marcelo, para ver se as respostas estariam de acordo com o que sua filha já havia falado à respeito de seu namorado:

_ Então, Marcelo, o que você faz?
_ Trabalho com publicidade.

A coroa lançou-lhe um olhar blasè.

_ Ele trabalha em comerciais._ respondeu Denise.

A expressão da velha foi de completo desânimo e incompreensão.

_ E você, Leonardo Cabral, o que gosta de fazer, além de estudar?
_ Eu não gosto de estudar, na verdade só vou pro colégio pra ver meus amigos. Eu gosto é de videogame, filme, TV a cabo e...
_ Não precisa completar, filho.

FIM

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Perdidos no Shopping

_ Pai, me leva no shopping?
_ Claro, quê cê vai fazer, jogar fliperama?
_ Não, vou ver filme.
_ Qual filme?
_ Missão Impossível.
_ Legal! Vou ver também!
_ Não!!!
_ Não o quê?
_ É que eu vou encontrar uma garota.
_ Ótimo! Vou com vocês.
_ Tu não tá entendendo. Eu vou ficar com essa garota.
_ Excelente!
_ Se liga, pai, se tu for no cinema com a gente ela vai ficar toda tímida e aí não vai rolar.
_ Tolo! Claro que ela vai ficar contigo, se tá combinado, ela vai, é sinal que vocês vão ficar, com toda certeza! Não se preocupa comigo,eu sento na fila de trás, não precisa nem me apresentar à ela se não quiser, e prometo que vou ser bem discreto.
_ Pai, eu já te vi sendo muita coisa, mas nunca discreto.
_ Quer saber, nem faço questão de ver esse filme no cinema, pode ir, só você e essa garota.

Léo sorriu, aliviado.

_ Tem dinheiro pro ônibus? Acho que eu tenho uns trocados pra te dar.

A caminho para o shopping, Léo guardou o seu tablet no porta-luvas e fez uma pergunta ao seu pai:

_ Quanto custa uma prostituta?
_ Depende...quê, mas que história é esse, moleque?!
_ Curiosidade.
_ Mas que espécie de curiosidade é essa? Na tua idade eu tinha curiosidade de saber como faziam o skate do McFly flutuar e essas coisas, além do mais, o que te faz pensar que eu entendo de prostitutas?
_ Eu vejo e escuto o tipo de mulheres que vão na tua casa, segundo os filme da sua própria coleção elas só podem ser prostitutas.
_ Perspicaz. O preço de uma garota de programa varia de acordo com a duração do programa, mas você ainda não tem idade pra procurar esse tipo de entretenimento, tem que pensar em estudar, jogar o seu Xbox, assistir bons filmes, namorar essa garota com quem iremos ao cinema hoje, essas coisas. Prostitutas são pra fracassados. Não me refiro a perdedores completos, mas aos homens que num momento de carência e talvez fraqueza, desperdiçam um pouco do seu sofrido salário com esse tipo de profissionais.
_ Uhum. O que é perspicaz?

Ao chegarem ao shopping, Marcelo estacionou o carro e eles foram seguindo em direção ao cinema. No trajeto, Marcelo avistou uma segurança gostosa, ela era loira e parecia ter peitões, ele não podia ter certeza, por causa do uniforme dela, mas estava disposto a descobrir.

_ Menino, que horas é o filme?
_ Daqui a meia hora. Por quê?
_ Se esconde no banheiro e fica esperando por mim.
_ Como assim, pai?
_ Faz o que eu tô dizendo.

Léo obedeceu. Em seguida, Marcelo caminhou em direção à segurança.

_ Moça, pode me ajudar, por favor?
_ Pois não, senhor?
_ Meu filho sumiu, fui ao banheiro e me perdi dele, pode me ajudar à encontrá-lo?
_ Mas é claro. Onde o senhor viu pela última vez?
_ Humm, na praça de alimentação, numa mesinha em frente ao Bob's, estávamos lanchando, então avisei a ele que iria ao banheiro, me levantei e fui, quando voltei pra mesa ele não estava mais lá.
_ Certo. Como o senhor se chama?
_ Marcelo.
_ Ok, seu Marcelo...
_ Só Marcelo.
_ Certo, Marcelo. Há quantos minutos o senhor deu pela falta do seu filho?
_ Ah, comecei a procurá-lo assim que ele sumiu, então diria uns três , quatro minutos.
_ Por onde já o procurou?
_ Lojas de brinquedos e CDs.
_ Talvez ele tenha terminado de comer e ido atrás de você no banheiro.
_ Pode ser.

Marcelo e a segurança caminharam até o banheiro e encontraram Léo.

_ Aí, está você! Filho, te mandei esperar na mesa._ disse Marcelo abraçando seu filho.
_ Achou seu filho?
_ Sim. Muito obrigado pela ajuda, viu moça. Qual seu nome?
_ Bárbara.
_ Muito obrigado, Bárbara. Como poderia retribuir?
_ Não precisa retribuir, Marcelo. Só fiz o meu trabalho.
_ Ah, eu preciso._ ele responde pegando nas mãos dela.
_ Meu expediente termina daqui a dez minutos. O que vocês vão fazer?
_ Iremos ao cinema._ respondeu Marcelo.
_ Ok.

No cinema, Léo ficou puto, pois não conseguiu ficar com a garota, e mais puto ainda por seu pai estar agarrando-se com Bárbara no assento de trás.

FIM

sábado, 17 de dezembro de 2011

Um homem, três mulheres!


Léo acordou no sábado às nove horas e foi para sala ver TV. Entediado, ele colocou no canal erótico, quando ele ia começar a se masturbar escutou um barulho na porta, Léo paralisou. Ao escutar o barulho novamente, ele se vestiu e aproximou-se da porta.

_ Tem alguém aí?
_ Sou eu, filho. Abre essa porta!

Léo abriu a porta e Marcelo entrou, tropeçando de bêbado. Junto com ele haviam mais três garotas, todas loiras.

_ Essas são, Cris, Nicole e Letícia.

Marcelo e as três loiras foram para o quarto. Horas depois o telefone tocou, Léo atendeu e era sua mãe.

_ Oi, mãe...acho que ele não pode atender agora...porque ele tá no quarto, com umas mulheres...tá bom, vou chamar.

Léo bateu a porta do quarto de seu pai.

_ Que que você quer?
_ Telefone, pai, é a mãe, quer falar contigo.
_ Diz que não posso atender agora.
_ Já disse. Ela parece estar braba.
_ Merda!

Marcelo atendeu o telefone e escutou um sermão de sua ex-mulher, que dizia que ele não pode adotar esse tipo de postura enquanto estivesse com o garoto, pois dava mau exemplo. Então ele argumentou o seguinte:

_ Vem cá, cê quer que o nosso filho seja gay ou algo do tipo?
_ Não!
_ Então não torra, tô dando o melhor exemplo possível! Agora eu tenho que ir, tchau!

Ele desligou, segundos depois Suzana telefonou novamente.

_ Tô indo praí, o Léo não tem que ver essa safadeza. O que você faz da sua vida não é da conta dele, além do mais ele não tem idade pra essas coisas, vai deturpar a mente dele!

Marcelo desligou novamente.

_ Meninas, más notícias. Vocês vão ter que ir, minha ex-mulher está vindo pra cá, sabem como é, né?

As três se vestiram e foram embora, logo depois, Suzana chegou.

_ Cadê elas?
_ Foram embora.
_ Saiu ontem à noite, né safado?!
_ Claro!
_ Foi aonde?
_ Uma baladinha qualquer no Centro.
_ E tava legal?
_ Tinha uma molecada...
_ Sei, e aí tu resolveu adotar algumas.

Marcelo sorriu, um sorriso de satisfação.

_ Léo, vai lá jogar sinuca, tenho que conversar em particular com teu pai!
_ Ok.

Suzana e Marcelo foram pro quarto.

"Bom, não que o que eles estejam fazendo seja mau exemplo, mas espero que eu não cresça traumatizado"

Depois que Suzana se satisfez sexualmente com Marcelo, ela foi embora. Assim que ela saiu ele ligou pra uma das garotas e disse:

_ Letícia, oi, é o Marcelo, podem voltar a barra tá limpa!!!

FIM

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Esse É o Meu Garoto!


_ Léo! Acorda! Levanta, garoto!
_ Que foi, pai?
_ Dormiu no sofá de novo, filho? Por que cê fica vendo TV na sala até pegar no sono, por que não vai ver no quarto?
_ É que aqui na sala pega um canal que não pega lá no quarto.
_ Hum, acho que entendi. Me lembra de mandar trocar o sofá o quão antes. Tô indo almoçar no shopping, vou comprar umas roupas novas, pra festa de hoje. Quer vir comigo?
_ Não vai trabalhar?
_ Meu filho, hoje é sexta-feira, o fim de semana pra mim começa na quinta à noite.
_ Então as roupas novas são pra você sair hoje.
_ Isso mesmo, hoje eu vou à uma festa num lounge na Lagoa.
_ Que horas vai sair?
_ Dez e meia, onze horas.
_ E que horas volta?
_ Sei lá, isso depende, se for uma noite boa, com espumante e mulheres, não vou nem voltar, agora, se a noite for uma merda...bom, se eu não voltar até domingo liga pra esse número._ respondeu Marcelo, entregando um papelzinho para o filho.
_ Que número é esse?
_ É o telefone do hospital. Vamo comer?

À noite, Marcelo vestiu-se com camisa e blazer novos, colocou seu chapéu, pegou seus charutos e ligou para Vinícius Venganno:

_ Alô?
_ Fala, negão! É o Marcelo, porra!
_ Dae, malandro! Qual a boa de hoje?
_ A boa são várias, boas e novas, naquele lounge novo que abriu lá na Lagoa! Partiu!
_ Já é, vou chamar meu primo pra ser o motorista da rodada!
_ Fechou!

Vinte minutos depois, Vinícius passou na casa de Marcelo, e eles foram pra balada. Assim que Marcelo e Vinícius chegaram na balada foram apresentados, por um amigo em comum, à quatro mulheres lindas, Júlia, Mariana, Bruna e Camila, todas estudantes de Fashion design na UNISUL.

Assim que seu pai saiu, Léo telefonou pros amigos, promovendo uma festa com piscina em Jurerê Internacional, logo a casa estava cheia de adolescentes barulhentos, bebidas e muita bagunça.

Por volta das seis da manhã, Marcelo chegou em casa com Bruna e Camila e ao deparar-se com copos quebrados espalhados pela sala, furos de cigarro no sofá e vômito na piscina, ele pediu às moças que o esperassem no quarto. Ele procurou pelo seu filho, e o encontrou na sala de jogos, dormindo sobre a mesa de sinuca com duas meninas que deveriam ter uns 17, 18 anos.

"Esse é o meu garoto!"

Ele cutucou o menino.

_ Que foi, pai?
_ E aí, comeu?
_ Não, acho que bebi demais.
_ Não se preocupe, seu segredo está seguro, se você arrumar a casa. Se precisar de mim, estarei disponível só segunda.

Marcelo segue andando para o seu quarto.

_ Onde cê vai?
_ Me esquece, moleque!

FIM

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Apenas Um Garoto de 12 Anos

Léo Cabral tem 12 anos, ele mora com sua mãe Suzana, seus pais divorciaram-se quando ele tinha três anos. Ontem foi seu último dia de aula, e ele foi passar as férias com seu pai em Jurerê; ideia do seu próprio pai, que deseja ficar mais tempo com o moleque.

Marcelo pretende ficar com o filho até o Reveillon, e assim que o ano novo começar o garoto deverá voltar para o apartamento da mãe.

Um dia antes da mudança, o garoto estava empolgado, pois iria passar o verão na beira da praia e tal, mas então veio a chuva, e ele ficou deprimido, numa casa enorme, mas sem video game. Marcelo tentou animá-lo mostrando-lhe sua mesa de sinuca, sua academia, mas nem mesmo sua Samsung LED com Home Theater chamou sua atenção, no entanto, quando Léo viu a coleção de filmes do pai, que sua mãe jamais deixaria ele ver, ele se encantou.

_ PULP FICTION! Porra, pai, eu sempre quis ver esse filme! Posso ver?
_ Mas é claro, o que é meu é seu, por que não poderia?
_ A mãe diz que só posso ver filmes que sejam no máximo classificação 12 anos.
_ Bobagem. Qualquer pessoa pode assistir qualquer filme, contanto que esteja acompanhada de alguém de sua confiança e que se responsabilize pelos seus atos. E esta noite, amigão, vamos ver Pulp Fiction!
_ Uhull!! Mas porque temos que esperar até à noite?
_ Porque agora o pai tá indo trabalhar. Quer vir ver o meu trabalho?
_ Ah, você fica num estúdio de gravação que nem a mãe, né?
_ É, mas é diferente. No meu trabalho você vai conhecer modelos e atrizes lindas.
_ Tá, pode ser.

Marcelo levou seu filho para o set de filmagem, pediu que ele ficasse sentado num canto, observando tudo em silêncio. Era a gravação de um comercial de bronzeador, três modelos, Carol, Miranda e Samanta, duas morenas e uma "loira". Elas captaram muito bem a essência das personagens. Ao término das gravações, Marcelo parabenizou as três moças, de modo bem efusivo, Léo reparou no jeito como seu pai interagia com as modelos.

À noite, eles foram jantar na Beira-Mar, e durante o jantar Léo perguntou:

_ Pai, cê ta comendo elas?
_ Tô...Quem?
_ Aquelas modelos...
_ Por que você acha isso?
_ Pelo jeito como você deu parabéns pra elas, com beijinhos e tapinhas.
_ E o que faz você pensar que um homem só pode beijar e dar tapinhas quando já dormiu com alguma mulher?
_ Pai, sou um pré-adolescente, não um retardado. Ou você já comeu ou vai comer.
_ Tomara que você esteja certo.

FIM

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Duas Mulheres no Mercado


Suzana Bremer é uma jornalista de 32 anos, ela apresenta um programa matinal chamado Bem Floripa. Suzana mora em uma cobertura duplex na Beira-Mar Norte, com seu filho Léo e dois gatos, Zico e Zeca. Ela está noiva de Bruno Galotti, dramaturgo e escritor, eles conheceram-se quando ela ainda fazia teatro e terminava a faculdade de Jornalismo, assim que ela divorciou-se do seu primeiro marido o diretor de arte e publicitário Marcelo Cabral Filho.

Todas as manhãs, Suzana acorda seu filho, lhe dá dinheiro para o lanche e então ela vai trabalhar e ele vai pro colégio. Na última terça-feira, ela foi às compras, logo após o trabalho. No mercado, Suzana encontrou Denise.

_ OOoooi!
_ OOoooi!

Elas se cumprimentaram sem inconstar uma na outra.

_ Vi seu programa esta manhã, Suzana você estava linda!
_ Obrigada. E aí, como é que vão as coisas?
_ Menina, tô numa correria, muita coisa, muitos trabalhos da faculdade.
_ Uhum, mas e as coisas, entre você e o Marcelo?
_ Vão bem.
_ Tem certeza?
_ Tenho.
_ Porque quando o Léo já tava maiorzinho e eu voltei a ficar muito ocupada com a faculdade, Marcelo se aproveitava da minha ausência pra ir aprontar, se é que você me entende.
_ Claro que eu entendo, mas como não sou casada com ele, ainda, não tem como ele se aproveitar da minha ausência, se é que você me entende. Ah, só pra esclarecer, se eu soubesse que ele já era casado, jamais teria ficado com ele.
_ Ah, menina, nem esquenta, eu agradeço, assim tive um bom motivo pra me divorciar e ter tudo que tenho hoje, claro que engravidar ajudou bastante. Se eu fosse você botaria um pãozinho no forno logo, hein.
_ Tudo ao seu tempo, ainda sou muito nova pra ser mãe.
_ Quantos anos você tem, 29, 30?
_ Nossa! Não, tô com 27.
_ Bom, foi muito bom te encontrar, Denise. E lembre-se ele é lindo, rico, tem uma casa maravilhosa, mas também é um baita de um safado, só pra te avisar.
_ Pode deixar, estou alerta.

E as duas despediram-se dando risadinhas.

"Hum, é aqui", pensou Marcelo quando estacionou o carro. Ele foi caminhando, todo cheio de pose, óculos escuro, charuto. Dirigiu-se à recepção, e apoiado no balcão tirou um papelzinho do bolso do blazer, e disse:

_ Lívia Ramon?
_ Quarto 300.
_ Obrigado.

Marcelo bateu à porta, e ao escutar o comando que dizia para entrar, entrou.

_ Oi, querida, cheguei.
_ Encontrei sua namorada hoje no mercado.

FIM

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Um Vislumbre na Mente de Marcelo Cabral Filho


Marcelo Cabral Filho é um bem sucedido diretor de arte e trabalha numa nova e sofisticada produtora de publicidade em Florianópolis,chamada Gleam-Publicidade e Propaganda, localizada na Avenida Irineu Bornhausen. Marcelo mora em uma bela casa em Jurerê Internacional, com piscina e uma extensa área de lazer. Sua casa possui três suítes, a sua, com uma imensa e confortável cama de casal, TV, Blu-ray e DVD, e mais duas para os hóspedes. Na edícula, Marcelo fez uma pequena academia, onde ele se exercita diariamente, escutando Heavy Metal.

Na última terça-feira, Marcelo estava de aniversário, ele completou 35 anos. Para comemorar, Marcelo convidou sua namorada Denise para o show do DJ mexicano Chasco, na Stage, convite este que ela recusou, por estar muito ocupada com seus compromissos de faculdade, mas ela sugeriu um jantar numa pizzaria da Lagoa, ele acatou. Num determinado momento, durante a janta, Marcelo foi ao banheiro e mandou uma mensagem para o seu amigo Daniel, dizendo que já estava à caminho da festa.

Denise tem 27 anos e estuda Design gráfico, eles namoram há nove anos, desde que ela tinha 18 e ainda fazia Publicidade e Propaganda e ele era seu professor. Um ano após ele ter parado de dar aula, ela mudou para Design.

Marcelo e Denise foram para Lagoa, comeram algumas pizzas e depois ele a deixou em casa.

_ Querido, você não vai entrar?
_ Amor, você precisa descansar, lembra? por isso fizemos esse programa light. Você sabe que se eu entrar, vamos fazer qualquer coisa, menos dormir, vai lá querida, descansa bastante, tá?
_ Ok, te amo querido, e mais uma vez, parabéns.

Assim que Marcelo consegiu se livrar de Denise, ele deu uma passada em casa, trocou de camisa, trocando a pólo e vestindo uma gola V, pegou seu chapéu, charutos e foi pra balada.

Quando Marcelo desceu do carro, dirigiu-se à portaria e mandou chamar Daniel Goffer, seu amigo e promoter, que estava promovendo o evento da noite. Daniel disse ao segurança que Marcelo era VIP. Eles entraram, foram ao camarote e logo Marcelo tratou de começar a beber e se divertir.

_ Marceloco, essas são Patrícia e...?
_ Vanessa.
_ ...Vanessa, isso mesmo. Mulheres maravilhosas! Garotas esse é o famoso Marcelo Cabral Filho, ele é diretor de arte, o cara é foda! Bom, aproveitem a festa, vamos nos divertir!!

Marcelo, que bebia uma dose de Red, com duas pedrinhas de gelo, acompanhou as moças até um sofá, ele chamou o garçom e pediu um Chandon e três taças.

_ Então, garotas, nós já sabemos o que eu faço. O quê vocês fazem?
_ Somos atrizes._ respondeu Vanessa.
_ Sério? Que legal! Já trabalharam em alguma peça que eu possa ter visto?
_ Na verdade, somos modelos, mas estamos estudando teatro._ respondeu Patrícia.
_ Sei.

O garçom serviu a espumante, eles brindaram, beberam e então Vanessa abriu seu pino, e foi uma festa daquelas. Desceram para a pista, divertiram-se a valer.

Vanessa, 23 anos, morena.
Patrícia, 22, loira.

Na manhã seguinte, Marcelo acordou com a campainha tocando, ele levantou extremamente mal humorado, vestiu uma cueca e foi atender a porta, Denise entrou dizendo ter esquecido a bolsa no seu carro.

_ Merda, Denise! Custava ligar antes, pra me avisar que vinha?
_ Desculpa, amorzinho.
_ Tá tudo bem, é só porque aí eu poderia me arrumar e estar mais apresentável para você, minha querida.
_ Então, onde você guardou minha bolsa, ou tá no carro ainda?

Denise foi caminhando para a garagem, enquanto isso, Vanessa e Patrícia acordaram, no quarto de Marcelo e foram ver o que estava havendo. Completamente nuas, as duas chegaram na sala, quando Marcelo às viu quase teve um troço.

_ Volta, volta pro quarto!_ ele sussurrou, fazendo gestos.
_ Disse alguma coisa, amorzinho?_ perguntou, Denise.
_ Nada não, querida.

Vanessa e Patrícia deram risadinhas.

_ Ouviu isso?
_ Quê?!
_ Pareciam risadas...
_ Não! Não escutei nada, não.
_ Risadas de mulher.
_ uahUHAuhauHAuahuHAU...risadas de mulher, essa é boa. Ai, amor, já achou sua bolsa?
_ Achei sim, tava bem onde eu deixei, mas que estranho, ela parece estar cintilante, como se houvesse purpurina nela.
_ Deixa eu ver!_ disse Marcelo, arrancando a bolsa da mão dela._ Não, não tem nada aqui.

Vanessa e Patrícia vestiram-se e saírem de fininho, calçando os sapatos e dando risadas, assim que elas deixaram a casa, Denise despediu-se de Marcelo com um beijo apaixonado e em seguida foi embora.

FIM

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Lábio Superior Rígido

Explodi as barras da minha cela com TNT. Sabia que não podia suportar aquela cadeira de alta voltagem. Subi no meu caminhão, passei no bar, peguei a Rosie e pisei fundo pela auto-estrada, pois o badalar dos sinos nos chamava.
Perguntei a Rosie, o que ela fazia por dinheiro e quanto me custaria a sua companhia. Estava de volta, amigo. Precisava me aliviar, e quando a vi no bar, não resisti àquelas belas pernas.
Liguei o som, tocava uma antiga banda australiana. Rosie mandou desligar chamou de "lixo", eu disse, "Rockn'Roll não é poluição sonora, baby". Aliás, àqueles que são do Rock, eu os saúdo.
Ela quis saber para onde iríamos, não respondi. Peguei sua mão e coloquei no meu pau, que estava duro como rocha.
Quando chegamos ao nosso destino, fomos pro quarto e eu senti seus lábios rígidos.
FIM

domingo, 20 de novembro de 2011

Daniel vai pro escritório



Todas as manhãs, Daniel vai trabalhar. Ele chega no escritório e logo liga os dois ar-condicionados e a TV. Ele assiste Ana Maria Braga e na sequencia, desenhos animados.
Ao meio-dia, Daniel almoça, e durante o almoço aproveita para aliviar o stress, consequência do seu convívio com os clientes estúpidos da sua oficina.
Depois do almoço, Daniel volta para o trabalho e torna a fazer aquilo que ele sabe fazer, sem que ninguém tenha que lhe dizer o que ele deve ou não fazer.
Ao término do expediente, Daniel busca Ariane no trabalho, e a leva para casa. Ela vai para o quarto se preparar e ele vai para o banho. Após o banho, Daniel fica na frente do espelho ensaiando as coreografias de Das Flieger Lied.

FIM

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

VÁLIDA

Entro no apartamento e procuro ficar à vontade enquanto ela prepara uma dose de Red.
Ela vem caminhando muito sensual, o whisky numa mão, os cigarros na outra. Estamos ouvndo Marvin Gaye.
Olho pela janela e contemplo o mundo desinteressante lá fora. Aqui dentro, tudo se resume a beijos, carícias e embriaguez.
Respiro a fumaça que polui os meus pulmões.
Ela ainda está aqui, a moça elegante cuja companhia sempre se faz válida.

FIM

Não Me Sinto Completo

eu tô com vontade de escutar um Blues, fumando um cigarro, admirando a paisagem noturna e urbana enquanto chove, mas sem whisky e sem ela...posso até estar sem ela, mas sem o whisky, não me sinto completo.

fim

domingo, 13 de novembro de 2011

na certa


acordei antes dela, mas continuei fingindo que dormia, só depois que ela acordou é que eu abri os olhos, então a vi se arrumar para o trabalho. era segunda-feira, sete horas da manhã. ela foi ao banheiro, depois voltou para o quarto de banho tomado, tão linda e cheirosa que fiquei até com receio de te-la em meus braços e ao beija-la, contamina-la com o sopro inebriante dos meus pulmões.
é foda quando você é um bêbado e dorme com uma mulher correta, trabalhadora. sim, é foda na certa.
fim

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Na Teoria Ela Só Queria se Divertir

Certa noite ela desapareceu com uma amiga. Eu a aguardava, como combinado, num umbral do outro lado da rua, bêbado, quando ela saiu do bar com sua amiga, e um playboy seboso com uma maço de notas, um pouco de maconha e pó. Teoricamente ela estava lá só divertir-se com a amiga. Vi a espécie de puta que ela realmente era. Ficou com medo de me fazer um sinal, apesar de ter me visto.

FIM

CU

Entrei na casa dela sem bater, e o que que eu vi? A amiga dela pelada, de perna aberta no sofá, e ela com o cu pra cima chupando a buceta da amiga. Nem pensei mais nada, tirei meu pau pra fora e fui interagir.

fim

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

GANHANDO!


Estou usando uma droga chamada Marcelo Marcchegiani
Indisponível no mercado, e se você experimentar uma vez morre
Seu rosto derrete e seus filhos nascem com deficiências
Se eu amo festas?
O que não é pra se amar?
Percorri um caminho louco
Era pura
Pura festa
Maconha, crack e cocaína, mas não ao mesmo tempo
Tenho amor a vida
Meu objetivo é seguir - GANHANDO!
Se eu sou bipolar?
Sou bi-vencedor
Ganho aqui, ganho lá
Ganho em todo lugar
Sou como um astro do rock marciano, cê sabe, cara
Tenho sangue de tigre
E DNA de Adônis
Me alimento
Escrevo, do mais banal ao épico
E isso é vencer
Danço
Vou a convenções
Prefiro a violência ao amor
A ambiguidade faz parte
Abraço as mulheres, digo palavras de carinho
Isso também é vencer
As crianças nascem
Artistas ganham prêmios
GANHANDO!

Vou Parodiar a Verdade


eu vi a verdadeira face da sociedade e por isso sou temido. o mundo é um grande cassino, e estamos todos jogando. prostitutas, essas pessoas não deveriam existir, mas quando estou bêbado são as primeiras que eu procuro, choro, fico louco, quero tudo, mas nem pagando eu consigo alguma coisa. busco companhia e um pouco de gentileza. estão no lodo e nem sabem, e quando pedir a minha mão para ajuda-la a sair eu sussurrarei Pra voCê "não".
todos temos escolhas, sermos homens honestos, que nem o Dr. Lauro, ou então rameiras e políticos.
a vida de um drogado é um precipício, pula quem quer.
vou pra beira do abismo, contemplo o inferno cheio de intelectuais liberais e sedutores de fala macia.
São Paulo. alguém entende essa cidade? fedor e depravação, é isto, simples.
os motoristas parecem sofrer de hidrofobia. eu não me rendo nem às baratas e nem aos humanos. as pessoas já não tem mais classe.
sou um rapaz mimado, mas nunca hipócrita. ela vai acabar como uma puta velha e inchada.
às vezes me pergunto como vou acabar, decapitado, ou preso num hospício. os homossexuais já se condenam no dia que resolveram se assumir, mas nem por isso são vítimas. como será a dor de um tiro? com esse excessos é um milagre estar vivo, e eu nem acredito em milagres.
é como se tudo em SP fosse uma guerra. pessoas queimam e morrem em doença e miséria. por que existe o bem e o mal, e por que só o mal deve ser punido?
uma vida de conflitos sem tempo para amigos...no fim só os inimigos deixam rosas. vidas violentas.
vejo as falhas da sociedade. identifico os homens de bem. vou parodiar a verdade. eu vejo a graça sem sentido do século XXI. por isso a minha solidão.
todo mundo vai rir e as cortinas vão se fechar.

fim

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Bon Vivant


Já estive nos palcos
Tocamos em várias cidades do nosso estado SC
Tocávamos pela festa, cerveja, garotas
Tive que adotar uma postura que não prejudicasse a imagem da banda
Ninguém nunca gritou meu nome
É uma pena a banda ter acabado
Daria a vida pra voltar a cantar
Se acontecesse eu seria feliz
É como um diabo dentro de mim
Escolhido para a insanidade
Testado e aprovado
Na Ilha
Agredido, Surrado e Apunhalado
Muitas vezes criticado
Finalizado
Quem ainda quiser ver,sonha
Acabou,não sei por que
Sou um cowboy, um cantor, um homem de preto
Manda eu tomar no cu
Grita pra eu saber onde você está
Me xinga pra eu também te xingar
Mostra a arma e manda brasa
Gosto de rock antigo, pra escutar com os amigos
Um pouco de hip hop, pra me sentir um cafetão
Um som bem pesado, enquanto fico embriagado
Nessa cidade violenta que me deixa revoltado
Não sou gay, mas posso comer teu cu
Já vi várias bandas, em vários palcos por aí
Se minha banda fizesse direito ainda tava na ativa
Foderam com tudo
A máquina parou
Sou bon vivant, playboy até
Sou assim e pego mulher
Te chuto
Me chupa
Sou pornô, meu pau é grosso
Meto com força, meto gostoso
Eu faço festas pra comer a mulherada
Já fui barbudo e cabeludo
Na Pinheira, no verão
Pratico o pecado com muito gosto
Sou um pecador e vou pro inferno
Vou pra onde tiver Rock, Heavy Metal, Strippers e Bebidas
Eu grito, eu bato, machuco
Enlouqueço
Que se foda a faculdade
Que se foda o canudo
Isso pra mim é tudo merda
O bon vivant tatuado, detestado, maltratado, ultrapassado, revoltado, ridicularizado, humilhado, amado, de cada lado
fim

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Foi mal,ae


É um bar cheio de bichas loucas, caras mal-encarado, drogados, e um ou outro sujeito de mais idade, mas na maioria são jovens de 20 e 30 e poucos anos.
Ela disse que vai terminar o curso só porque já está pago, mas que na verdade não quer mais saber de cinema. Há dois meses atrás ela dizia que amava cinema, que sonhava em viver do cinema, e que cinema era a sua vida, agora ela me diz que quer estudar Direito, pois deseja ser promotora, ou sei lá, que se foda. A verdade é que ela é uma adolescente alcoólatra, que vive chapada e não sabe o que quer.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

vamos nos divertir à valer

Fumava um cigarro, na frente da casa da Karina. Ela veio ter comigo, enquanto o Daniel arrumava seu pênis, após brincar de fazer sexo ao estilo Justin Timberlake.
Fiquei encarando-a. Ela disse:
_ Por que tá me olhando desse jeito?
_ Tô imaginando as maneiras que eu vou te comer.
_ Tu não vai me comer.
_ Tá
.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

A e B

A: eu tenho cara de drogado?
B: depende do tipo de drogas que você possa estar se referindo...
A: hum.

terça-feira, 5 de julho de 2011

O Segredo (que se foda)

Estava no Rural Rock Fest, a última banda da primeira noite tinha terminado de tocar, eu tava bêbado, não tinha onde dormir e nem carona pra voltar, encontrei um colega, Robinho, que me convidou para dormir na sua barraca, aceitei.
Entrei na barraca do cara e logo peguei no sono. Passou-se um tempo e eu senti algo quente e úmido no meu pau, abri os olhos e ele tava me chupando.
_ Que isso, porra?!
Ele tirou meu pau da boca e disse:
_ Agora nós temos um segredo.
_ Sai pra lá!

FIM

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Dazaranha na Lagoa


Estávamos eu, André e Dayane, em meu apartamento bebendo. Ouvi dizer que iria ter show do Daza na Lagoa, era para esse evento que nós nos preparávamos. Chamei um táxi amigo e fomos todos para o John Bull, quando chegamos lá, percebemos que o local estava vazio, às escuras e certamente não haveria show nenhum.
Dayane estava bêbada e muito chata, a presença dela no táxi estava sendo constrangedora. Havia uma festa popular ocorrendo nas imediações da igreja da Lagoa, dei um dinheiro para o taxista, para que ele deixasse Dayane em casa, e fui curtir a festa com André.
Passamos a noite toda procurando erva, não conseguimos encontrar, nos enchemos de nachos, burritos e tequila num barzinho das redondezas.

FIM

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Um Torpedo para Deus


A vida tem muitos momentos bons, bons pra caralho, mas às vezes, a vida te fode.
Outro dia peguei meu celular e mandei um torpedo pra deus, como não havia um assunto específico e as reclamações eram muitas, eu escrevi a seguinte mensagem: "vai pra puta que o pariu", instantes depois recebi outra mensagem que dizia: "COMANDO INVÁLIDO".

FIM

O Mundo que se Foda!


Hoje voltei a ler Bukowski, depois de um ano. O velho era foda e sábio. Eu amo a sua obra, porque ele escrevia de um jeito que eu gosto e sobre tudo que eu adoro, mulheres, bebedeiras, brigas e confusões.

Acordei com caganeira, e cada vez que vou ao banheiro, levo o Bukowski comigo. A merda, de ler cagando, é que você quer se concentrar na leitura, mas acaba voltando suas atenções pro seu cu, que arde.

O mundo que se foda!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

novo texto


procuro garotas loiras, com cabelos longos, tetas grandes e bunda pekena! BUNDA PEKENA,isso é prioridade!não há nada q eu odeie mais do que um rabo enorme.

quem me conhece,sabe o qto eu valorizo uma buceta,levo a serio mesmo! o homem tm q levar a buceta a serio.
comece pelo cu, mas se tiver pelo vá p/ as tetas, se tb tiverem pelo,volta p/ a buceta. converse c/ a buceta da pessoa. nenhum país esteve tão preparado p/ sentir o poder da liberdade de uma buceta ,como o nosso, então, sejamos zelosos com as bucetas.
nos dias de hoje, fazemos mais do que celebrar a buceta, nós dedicamos nossas vidas a esse ideal. amigos, não se trata só do q uma buceta pode fazer por vcs, mas o que vcs podem fazer pela buceta.

to certo?

O DISCURSO DA BUCETA por Marcelo Marcchegiani

quarta-feira, 11 de maio de 2011

São Paulo Beat City



Um ensaio.

São Paulo, merda, ainda tô aqui!
Todas as manhãs eu sento bêbado na minha cama, e fico de olhos fechados, aguardando a ressaca e o mal-estar diminuírem, então me levanto, olho pela janela e vejo o ar que eu respiro, a atmosfera poluída e deprimente desta enorme selva de pedra, como chamam.
Dou uma caminhada, faço uns exercícios, leio, assisto filmes, escrevo alguma prosa. À noite eu vou pra aula, presto atenção em tudo que o professor fala, escreve, a todos os vídeos exibidos, e então anoto tudo que eu julgo ser importante no meu caderno. Ao voltar para casa, folheio meu caderno, procurando pela aula mais recente, leio as anotações feitas, pesquiso alguma coisa na internet, e então eu saio.
Vou às ruas em busca de prazer, seja a busca de um prazer físico, ou até mesmo um estado de espírito agradável o suficiente para me fazer gozar, gozando a vida o homem se completa. Seja numa cerveja estupidamente gelada, seja numa mulher jovem e suada, ou com um bom prato de comida, um simples, mas delicioso sanduíche, por exemplo. Posso buscar prazer num show de rock, ou escutando um jazz, ou um blues.
Saciado o prazer, caminho pela noite suja e mundana desta grande metrópole, observo as criaturas da noite, prostitutas, bichas, travecos, cafetões, traficantes, taxistas, mendigos, loucos, mas não tão loucos quanto eu, que perambulo só, pela noite paulistana.
Durante o dia me embriago, seja de cerveja, uísque, vodka ou gin, ou ainda de conhecimentos, sensações, do sexo e do saber. Vou ao barbeiro, ao cinema, entro numa boa livraria na Paulista. Vou ao banco, verifico meu saldo, gasto dinheiro, consumismo desnecessário.
Comida italiana, árabe, libanesa, japonesa ou coreana, tanto faz, é só pra me dar mais energia, e depois se converter em excrementos. A energia que eu adquiro me alimentando, eu gasto num jogo de sinuca, num show, no deslocamento da minha casa para o curso, numa madrugada insana de vícios e libertinagem.
O sono acumulado, as poucas horas dormidas, o desgaste físico, a falta de energia, o café pra me manter acordado até tarde, para que eu possa concluir meus trabalhos, o cigarro que me deixa sem fôlego quando eu estou subindo a Augusta, voltando da aula, ou de qualquer outro entretenimento banal, os livros que leio e que enriquecem o meu vocabulário, para que eu possa compartilhar, de maneira digna, minhas experiências, divagações, devaneios e contemplações desinteressantes, e as transas. Tudo sempre termina em boas transas, nem sempre com amor, mas sempre um novo gozar.

FIM

quarta-feira, 30 de março de 2011

é tudo uma piada

Mulher linda, chamada Rosana, de 25 anos, puxa papo com homem feio, chamado Gabriel, de 31 anos, que está lendo “Misto-Quente” de Charles Bukowski, em um café, na Augusta. Eles conversam, bebendo café, Gabriel derrama o café na camisa, eles vão p/ o apartamento dela p/ limpar a camisa dele, ela conta que foi estuprada, o estuprador gritava coisas insanas quando gozava, mais tarde, ela e o estuprador vieram a se casar.
O marido dela está na Colômbia, buscando drogas. Rosana e Gabriel fumam maconha, ela pega no sono, ele se retira.
Gabriel embarca no metrô, volta para a Liberdade, é assaltado por viciados na pracinha, entra num bar, bebe algumas cervejas, não tem mais dinheiro e é jogado na rua por um japa imenso chamado Mamoto. Ele sobe ao apartamento e encontra tudo revirado e alguns de seus pertences foram subtraídos.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Sucker Punch-Mundo Surreal



Sucker Punch

Aventura/2011

Direção: Zack Snyder

Elenco: Emily Browning, Jena Malone, Abbie Cornish, Vanessa Hudgens, Jamie Chung Carla Gugino.

Sinopse: Sucker Punch – Mundo Surreal é uma fantasia épica de ação que nos apresenta a imaginação fértil de uma jovem garota, cujos sonhos são a única saída para sua difícil realidade em um hospício. Isolada dos limites de tempo e espaço, ela está livre para ir onde sua mente levar, porém, chega o momento em que suas incríveis aventuras quebram o limite entre o real e o imaginário, trazendo consequências trágicas.

Zack Snyder apresenta um trabalho com muita identidade, no sentido visual e narrativo, explorando ângulos, luzes, sons e cores, para contar esta fantástica estória. As atrizes dão um show de ação e sensualidade. Prta quem curte um filme barulhento, agitado e cheio de murelhes maravilhosas, eu recomendo.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Culpa da Deborah

Mulher sai furiosa do cinema, um homem vem atrás dela.
_ Que foi, amor?
_ Que tipo de mulher tu pensa que eu sou?
_ Como assim?
Ela continua caminhando irritada. O homem caminha tentando alcança-la. Ele a puxa pelo braço e diz não entender o motivo pelo qual ela estaria agindo daquela maneira. Ele pergunta se seria por causa do filme.
_ Tu ainda pergunta, Marcelo?!
_ Ma-ma-mas eu...
_ Esse filme não tem nada que presta! Só putaria, mulher pelada, a guria mijando no cara, que absurdo!
_ É uma história, da vida de uma pessoa que viveu no submundo e conseguiu dar a volta por cima.
_ Pelo amor deus, Marcelo. Eu sei que tua preferencia pra filmes é bem expansiva e tu adora filmes que muitas pessoas detestam por não compreender a intenção do realizador, e tal, mas me trazer pro cinema pra assistir Bruna Surfistinha foi uma bola fora forte. Que mau gosto, hein!
Ela continua caminhando. Marcelo que não é um cara muito esperto, e nunca foi, insiste em tentar defender o filme:
_ Tá, pode até ser que a história não seja das melhores, e que tenha cenas que possam ser constrangedoras...
_ Possam não, são constrangedoras!
_ ...tá, pois é, o filme tem algumas cenas constrangedoras, mas diz aí, a atriz principal tá muito bem na fita, não é, atuação muito boa, e que corpo!
_ Marcelo, faz um favor pra você mesmo, e vê se cala essa boca!
Ela embarca em um táxi e vai embora, Marcelo entra no seu Corsa e vai para casa sozinho.
Ele passa algumas semanas tentando entrar em contato com ela, no entanto ela sempre o evita, até que um dia ele desiste, percebendo que á perdeu.
Marcelo e ela se conheceram na segunda fase do curso de Publicidade e Propaganda, logo começaram a namorar, no último semestre ela lhe deu um fora. Marcelo ficou meses pensando, buscando respostas para o que teria ocasionado o fim do relacionamento, ele sabia que uma escolha errada para uma sessão de cinema não poderia ter sido a razão mor, no entanto, não lhe ocorria nenhuma outra circunstância. Teriam sido seus hábitos de higiene? Ou talvez as roupas que usa, o seu estilo não convencional, ou ainda a maneira como Marcelo conduz o seu dia a dia, sem uma rotina, sem quaisquer tipos de normas ou tarefas previamente estabelecidas. De qualquer forma, um dia Marcelo simplesmente cansou de tentar buscar respostas e chegou à conclusão de que não se deve compreender as mulheres, ou você gosta ou não gosta, ele preferiu gostar, tudo bem, é a vida.
Passado pouco mais de um ano que ela havia dado um fora nele, Marcelo foi surpreendido, numa madrugada, por volta das cinco da manhã, com uma visita dela. Ela estava bêbada, e trazia consigo meia garrafa de vinho do Porto. Ele a recebeu e eles foram beber vinho juntos no sofá da sala. Ela estava muito bêbada, mas mesmo assim, encantadora, e para Marcelo foi uma verdadeira bênção tê-la de volta no seu apartamento. Ele não ficou com grandes esperanças e nada desse tipo, só estava feliz, a companhia dela lhe lhe fazia bem, Marcelo estava quase feliz novamente. Deborah ria, chorava, cantava, dançava, caía, seduzia, até que acabou vomitando e desmaiando na sala.
Marcelo deu um banho nela e a colocou para dormir, ele limpou o vômito dela, terminou o vinho e em seguida também vomitou.

FIM