sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

A Irmã

Marcelo acordou com uma tremenda ressaca. Nu, sozinho, mal. Ele sentou na cama e começou a chorar. Chorava por não se sentir um bom filho, um bom pai, enfim, um bom homem. Desprezado pelos pais, humilhado pela ex-mulher, envergonhado pelo filho e abandonado pela namorada, é parceiro, Marcelo acordou na maior bad.

Ele caminhou vagarosamente para a sala e encontrou seu filho dormindo no sofá novamente. Do lado do garoto tinha umas batatas fritas. Ele acordou o menino.

_ Que foi, pai?
_ Que horas você passou na lanchonete?
_ Não passei, a tia Carla que trouxe essas fritas.
_ Quando ela esteve aqui?
- Ainda está aqui, tá na sua academia, fazendo esteira.

Marcelo caminhou até a academia e encontrou sua irmã, Carla Muenz.

Carla Cabral tem 32 anos, é psicóloga e foi casada com o empresário Hugo Muenz. Divorciou-se há cinco anos, mas continua usando o nome do marido como seu nome profissional.

_ Mano, que bom te ver.
- Queria poder dizer o mesmo.
_ O que houve, está triste?
_ A Denise terminou comigo.
_ Quem é Denise?
_ Minha namorada...
- Que namorada?
_ Ah, esquece. Que bons ventos a trazem aqui, mana?
_ Tô saindo com um cara, queria que você conhecesse ele.
_ Ah não, Carla. Acabei de levar um pé da minha garota, não tô com cabeça pra conhecer novos namorados da minha irmã!
- Marcelo, não seja egoísta, já combinei um jantar de fim de ano com nossos pais e ficaria muito feliz que você e o Léo fossem passar conosco. Há quantos anos tu não passa o Reveillon com a tua família?
_ Eu sei lá.
_ Então, vem passar o ano nvo com a gente, tenho certeza que você vai adorar o André.
_ André de quê?
- Haffer.
_ Alemão?
_ Aham.
_ Saco!

Marcelo prometeu à sua irmã que pensaria no assunto, livrou-se dela e voltou a dormir. Antes de ir embora, Carla deu-lhe um conselho:

- Sei que você tem uma vida desregrada, torra toda sua grana com bebidas e prostitutas, isso quando não parte pras drogas. Quem sabe se você tentasse ser uma pessoa melhor, Denise ainda estaria com você, ou até mesmo a Suzana.
- Ou as duas...
_ Não, mano, uma ou outra.
_ Não vou acatar conselho da minha irmã caçula. Tchau.

FIM

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Um Vislumbre na Mente de Marcelo Cabral Filho-PARTE II

Marcelo acordou com vermelhidão genital, mas não deu muita importância, na manhã seguinte sentia coceira e ardência ao urinar. Ele foi ao urologista, que lhe receitou comprimidos e uma pomada.

À noite, ele recebeu um telefonema de Denise, lhe convidando para uma confraternização de fim de ano da faculdade. Ele aceitou o convite, mas para não levantar suspeitas da namorada, aplicou uma quantia exagerada de pomada no local infectado. Durante toda a festa Marcelo sentiu uma forte coceira e sensação de queimação nas virilhas. Quando ele foi pra cama com Denise ela estranhou as bolhas e a vermelhidão genital e perguntou:

_ Que isso, amor?
_ Nada não.
_ Como assim? tá vermelho e tem bolhas.
_ Ah, é só uma alergia.
_ E como você pegou essa alergia?
_ Lembra que semana passada eu tive que ir a São Paulo resolver umas coisas?
_ Lembro.
_ Então, devo ter pego isso no lençol do hotel.

Denise não se convenceu.

_ Minha mãe disse pra desconfiar de você.
_ Por quê?
_ Ela sabe que você ainda era casado quando começamos a sair.
_ Hum.
_ E até a Suzana falou pra eu ficar alerta.
_ Ah, é?
_ Aham.
_ Bobagem.
_ Em todo caso, enquanto você não curar essa alergia aí, não dormiremos juntos.

No sábado à noite, Marcelo e Denise foram jantar no Macarronada Italiana da Beira Mar. Após a janta, o casal se levantou e caminhou para o caixa. A moça que cobrava era uma bela loira de olhos verdes, chamada Ju.

_ Boa noite, são trinta e nove com...Marcelo?!
_ Oi.
_ Por que não ligou?
_ Como é?
_ Com licença, moça. Você conhece meu namorado?_ perguntou Denise.
_ Se conheço, já tive que tomar muitas pílulas por causa dele.
_ Há quanto tempo se conhecem?
_ Uns três anos.
_ Quando estiveram juntos pela última vez?
_ Duas semanas.
_ Bom saber.

Denise saiu indignada do restaurante. Marcelo pagou e correu atrás dela.

_ Espera, espera!
_ Esperar o quê? seu safado!
_ Saí com ela algumas vezes, mas ela não significa nada, gosto de você!
_ Tentaram me alertar várias vezes, mas eu não quis enxergar. Não me ligue, nem me procure, me esquece!!
_ E quanto às festas de fim de ano?
_ Você tem filho, tem amigos e as suas amantes, se vira!

FIM

sábado, 24 de dezembro de 2011

Só pra dar uma descontraída

Entrei no puteiro com o Henrique, aí veio uma putona bem gostosa, sentou no meu colo e pediu um drink. Olhei bem pra ela e falei:

_ Cara quadrada, furo no queixo, tu é travesti, né? Sai daqui, sai! Te arranca!

FIM

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Conhecendo os pais dela

Léo bateu à porta do quarto de Marcelo.

_ Telefone, pai.
_ Cai fora!
_ É a Denise.

Marcelo estava nu na cama, com duas garotas, Aninha e Duda.

_ Com licença, meninas, mas eu preciso atender.
_ Achei que você não se relacionava mais com sua ex._ disse Duda.
_ Não relaciono, mas essa é a atual.

Marcelo abriu a porta e atendeu o telefone:

_ Oi, querida, o que houve?
_ Tô indo jantar com meus pais e pensei em te convidar.
_ Minha linda, bem que eu queria, mas não posso, tenho um trabalho pra terminar.
_ Amorzinho, a gente namora há nove anos, se você nunca for conhecer minha família, eles vão começar a achar que meu namorado é imaginário.
_ Entendo. Mas não tenho ninguém pra cuidar do Léo.
_ Traz ele junto.
_ Seus pais não iriam gostar disso.
_ Por que não?
_ Bom, ele é a única coisa que me sobrou do casamento.
_ Pára de ser bobo, manda o Léo se arrumar, que eu tõ passando aí daqui a meia hora.
_ Meia hora, ok.

Marcelo desligou e pediu para as garotas irem tomar um banho de piscina.

_ Mas nós não trouxemos biquini._ respondeu Aninha.
_ Podem ir de lingerie.
_ Marcelo, você esqueceu que não usamos lingerie?
_ Então mergulhem como vieram ao mundo.

Elas dirigiram-se à piscina e ficaram lá, mergulhando e bebendo.

_ Léo vai tomar barro e te arrumar que a Denise tá passando aqui pra nos levar pra conhecer os pais dela.

O menino obedeceu, Marcelo também tomou um banho e quando ele estava se barbeando Denise chegou.

_ Filho, vai fazer sala pra Denise enquanto termino de me arrumar, e não deixa ela chegar perto da piscina.
_ Como é que se faz sala?
_ Fica na sala com ela, oferece um drink.
_ Tá.

Léo foi pra sala e recebeu Denise.

_ Quer beber alguma coisa?
_ Um Martini, por favor.
_ Pode se servir. É que o pai não deixa eu chegar perto da bebida, não depois da festinha que eu fiz esses dias.

Antes de ir para sala, Marcelo foi falar com as garotas que estavam na piscina:

_ Divirtam-se e fiquem à vontade, se o telefone tocar ignorem.

Ele encaminhou-se para a porta da sala com Léo e Denise, quando ela e o menino saíram, Marcelo disse:

_ Vão indo pro carro, que já vou, é que esqueci de fazer uma coisinha.

Ele entrou e tirou o telefone do gancho. "Pra garantir."

Quando Denise chegou com seus convidados na casa dos seus pais, sua mãe Raquel foi quem os recebeu.

_ Oi, filha, como você está?
_ Muito bem, mãe. Estes são Marcelo e o filho dele, Leonardo.
_ Hum, até que enfim eu conheci o famoso Marcelo Cabral Filho!

Raquel é uma senhora de quase cinquenta anos, morena, baixinha e magra, do tipo que pode ter sido gostosa quando jovem.

_ Milton, os meninos chegaram!
_ Já vou, só tô terminando de limpar as hemorroidas!
_ Milton! Tenha modos!

Ao sentarem-se à mesa, Raquel faz algumas perguntas a Marcelo, para ver se as respostas estariam de acordo com o que sua filha já havia falado à respeito de seu namorado:

_ Então, Marcelo, o que você faz?
_ Trabalho com publicidade.

A coroa lançou-lhe um olhar blasè.

_ Ele trabalha em comerciais._ respondeu Denise.

A expressão da velha foi de completo desânimo e incompreensão.

_ E você, Leonardo Cabral, o que gosta de fazer, além de estudar?
_ Eu não gosto de estudar, na verdade só vou pro colégio pra ver meus amigos. Eu gosto é de videogame, filme, TV a cabo e...
_ Não precisa completar, filho.

FIM

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Perdidos no Shopping

_ Pai, me leva no shopping?
_ Claro, quê cê vai fazer, jogar fliperama?
_ Não, vou ver filme.
_ Qual filme?
_ Missão Impossível.
_ Legal! Vou ver também!
_ Não!!!
_ Não o quê?
_ É que eu vou encontrar uma garota.
_ Ótimo! Vou com vocês.
_ Tu não tá entendendo. Eu vou ficar com essa garota.
_ Excelente!
_ Se liga, pai, se tu for no cinema com a gente ela vai ficar toda tímida e aí não vai rolar.
_ Tolo! Claro que ela vai ficar contigo, se tá combinado, ela vai, é sinal que vocês vão ficar, com toda certeza! Não se preocupa comigo,eu sento na fila de trás, não precisa nem me apresentar à ela se não quiser, e prometo que vou ser bem discreto.
_ Pai, eu já te vi sendo muita coisa, mas nunca discreto.
_ Quer saber, nem faço questão de ver esse filme no cinema, pode ir, só você e essa garota.

Léo sorriu, aliviado.

_ Tem dinheiro pro ônibus? Acho que eu tenho uns trocados pra te dar.

A caminho para o shopping, Léo guardou o seu tablet no porta-luvas e fez uma pergunta ao seu pai:

_ Quanto custa uma prostituta?
_ Depende...quê, mas que história é esse, moleque?!
_ Curiosidade.
_ Mas que espécie de curiosidade é essa? Na tua idade eu tinha curiosidade de saber como faziam o skate do McFly flutuar e essas coisas, além do mais, o que te faz pensar que eu entendo de prostitutas?
_ Eu vejo e escuto o tipo de mulheres que vão na tua casa, segundo os filme da sua própria coleção elas só podem ser prostitutas.
_ Perspicaz. O preço de uma garota de programa varia de acordo com a duração do programa, mas você ainda não tem idade pra procurar esse tipo de entretenimento, tem que pensar em estudar, jogar o seu Xbox, assistir bons filmes, namorar essa garota com quem iremos ao cinema hoje, essas coisas. Prostitutas são pra fracassados. Não me refiro a perdedores completos, mas aos homens que num momento de carência e talvez fraqueza, desperdiçam um pouco do seu sofrido salário com esse tipo de profissionais.
_ Uhum. O que é perspicaz?

Ao chegarem ao shopping, Marcelo estacionou o carro e eles foram seguindo em direção ao cinema. No trajeto, Marcelo avistou uma segurança gostosa, ela era loira e parecia ter peitões, ele não podia ter certeza, por causa do uniforme dela, mas estava disposto a descobrir.

_ Menino, que horas é o filme?
_ Daqui a meia hora. Por quê?
_ Se esconde no banheiro e fica esperando por mim.
_ Como assim, pai?
_ Faz o que eu tô dizendo.

Léo obedeceu. Em seguida, Marcelo caminhou em direção à segurança.

_ Moça, pode me ajudar, por favor?
_ Pois não, senhor?
_ Meu filho sumiu, fui ao banheiro e me perdi dele, pode me ajudar à encontrá-lo?
_ Mas é claro. Onde o senhor viu pela última vez?
_ Humm, na praça de alimentação, numa mesinha em frente ao Bob's, estávamos lanchando, então avisei a ele que iria ao banheiro, me levantei e fui, quando voltei pra mesa ele não estava mais lá.
_ Certo. Como o senhor se chama?
_ Marcelo.
_ Ok, seu Marcelo...
_ Só Marcelo.
_ Certo, Marcelo. Há quantos minutos o senhor deu pela falta do seu filho?
_ Ah, comecei a procurá-lo assim que ele sumiu, então diria uns três , quatro minutos.
_ Por onde já o procurou?
_ Lojas de brinquedos e CDs.
_ Talvez ele tenha terminado de comer e ido atrás de você no banheiro.
_ Pode ser.

Marcelo e a segurança caminharam até o banheiro e encontraram Léo.

_ Aí, está você! Filho, te mandei esperar na mesa._ disse Marcelo abraçando seu filho.
_ Achou seu filho?
_ Sim. Muito obrigado pela ajuda, viu moça. Qual seu nome?
_ Bárbara.
_ Muito obrigado, Bárbara. Como poderia retribuir?
_ Não precisa retribuir, Marcelo. Só fiz o meu trabalho.
_ Ah, eu preciso._ ele responde pegando nas mãos dela.
_ Meu expediente termina daqui a dez minutos. O que vocês vão fazer?
_ Iremos ao cinema._ respondeu Marcelo.
_ Ok.

No cinema, Léo ficou puto, pois não conseguiu ficar com a garota, e mais puto ainda por seu pai estar agarrando-se com Bárbara no assento de trás.

FIM

sábado, 17 de dezembro de 2011

Um homem, três mulheres!


Léo acordou no sábado às nove horas e foi para sala ver TV. Entediado, ele colocou no canal erótico, quando ele ia começar a se masturbar escutou um barulho na porta, Léo paralisou. Ao escutar o barulho novamente, ele se vestiu e aproximou-se da porta.

_ Tem alguém aí?
_ Sou eu, filho. Abre essa porta!

Léo abriu a porta e Marcelo entrou, tropeçando de bêbado. Junto com ele haviam mais três garotas, todas loiras.

_ Essas são, Cris, Nicole e Letícia.

Marcelo e as três loiras foram para o quarto. Horas depois o telefone tocou, Léo atendeu e era sua mãe.

_ Oi, mãe...acho que ele não pode atender agora...porque ele tá no quarto, com umas mulheres...tá bom, vou chamar.

Léo bateu a porta do quarto de seu pai.

_ Que que você quer?
_ Telefone, pai, é a mãe, quer falar contigo.
_ Diz que não posso atender agora.
_ Já disse. Ela parece estar braba.
_ Merda!

Marcelo atendeu o telefone e escutou um sermão de sua ex-mulher, que dizia que ele não pode adotar esse tipo de postura enquanto estivesse com o garoto, pois dava mau exemplo. Então ele argumentou o seguinte:

_ Vem cá, cê quer que o nosso filho seja gay ou algo do tipo?
_ Não!
_ Então não torra, tô dando o melhor exemplo possível! Agora eu tenho que ir, tchau!

Ele desligou, segundos depois Suzana telefonou novamente.

_ Tô indo praí, o Léo não tem que ver essa safadeza. O que você faz da sua vida não é da conta dele, além do mais ele não tem idade pra essas coisas, vai deturpar a mente dele!

Marcelo desligou novamente.

_ Meninas, más notícias. Vocês vão ter que ir, minha ex-mulher está vindo pra cá, sabem como é, né?

As três se vestiram e foram embora, logo depois, Suzana chegou.

_ Cadê elas?
_ Foram embora.
_ Saiu ontem à noite, né safado?!
_ Claro!
_ Foi aonde?
_ Uma baladinha qualquer no Centro.
_ E tava legal?
_ Tinha uma molecada...
_ Sei, e aí tu resolveu adotar algumas.

Marcelo sorriu, um sorriso de satisfação.

_ Léo, vai lá jogar sinuca, tenho que conversar em particular com teu pai!
_ Ok.

Suzana e Marcelo foram pro quarto.

"Bom, não que o que eles estejam fazendo seja mau exemplo, mas espero que eu não cresça traumatizado"

Depois que Suzana se satisfez sexualmente com Marcelo, ela foi embora. Assim que ela saiu ele ligou pra uma das garotas e disse:

_ Letícia, oi, é o Marcelo, podem voltar a barra tá limpa!!!

FIM

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Esse É o Meu Garoto!


_ Léo! Acorda! Levanta, garoto!
_ Que foi, pai?
_ Dormiu no sofá de novo, filho? Por que cê fica vendo TV na sala até pegar no sono, por que não vai ver no quarto?
_ É que aqui na sala pega um canal que não pega lá no quarto.
_ Hum, acho que entendi. Me lembra de mandar trocar o sofá o quão antes. Tô indo almoçar no shopping, vou comprar umas roupas novas, pra festa de hoje. Quer vir comigo?
_ Não vai trabalhar?
_ Meu filho, hoje é sexta-feira, o fim de semana pra mim começa na quinta à noite.
_ Então as roupas novas são pra você sair hoje.
_ Isso mesmo, hoje eu vou à uma festa num lounge na Lagoa.
_ Que horas vai sair?
_ Dez e meia, onze horas.
_ E que horas volta?
_ Sei lá, isso depende, se for uma noite boa, com espumante e mulheres, não vou nem voltar, agora, se a noite for uma merda...bom, se eu não voltar até domingo liga pra esse número._ respondeu Marcelo, entregando um papelzinho para o filho.
_ Que número é esse?
_ É o telefone do hospital. Vamo comer?

À noite, Marcelo vestiu-se com camisa e blazer novos, colocou seu chapéu, pegou seus charutos e ligou para Vinícius Venganno:

_ Alô?
_ Fala, negão! É o Marcelo, porra!
_ Dae, malandro! Qual a boa de hoje?
_ A boa são várias, boas e novas, naquele lounge novo que abriu lá na Lagoa! Partiu!
_ Já é, vou chamar meu primo pra ser o motorista da rodada!
_ Fechou!

Vinte minutos depois, Vinícius passou na casa de Marcelo, e eles foram pra balada. Assim que Marcelo e Vinícius chegaram na balada foram apresentados, por um amigo em comum, à quatro mulheres lindas, Júlia, Mariana, Bruna e Camila, todas estudantes de Fashion design na UNISUL.

Assim que seu pai saiu, Léo telefonou pros amigos, promovendo uma festa com piscina em Jurerê Internacional, logo a casa estava cheia de adolescentes barulhentos, bebidas e muita bagunça.

Por volta das seis da manhã, Marcelo chegou em casa com Bruna e Camila e ao deparar-se com copos quebrados espalhados pela sala, furos de cigarro no sofá e vômito na piscina, ele pediu às moças que o esperassem no quarto. Ele procurou pelo seu filho, e o encontrou na sala de jogos, dormindo sobre a mesa de sinuca com duas meninas que deveriam ter uns 17, 18 anos.

"Esse é o meu garoto!"

Ele cutucou o menino.

_ Que foi, pai?
_ E aí, comeu?
_ Não, acho que bebi demais.
_ Não se preocupe, seu segredo está seguro, se você arrumar a casa. Se precisar de mim, estarei disponível só segunda.

Marcelo segue andando para o seu quarto.

_ Onde cê vai?
_ Me esquece, moleque!

FIM

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Apenas Um Garoto de 12 Anos

Léo Cabral tem 12 anos, ele mora com sua mãe Suzana, seus pais divorciaram-se quando ele tinha três anos. Ontem foi seu último dia de aula, e ele foi passar as férias com seu pai em Jurerê; ideia do seu próprio pai, que deseja ficar mais tempo com o moleque.

Marcelo pretende ficar com o filho até o Reveillon, e assim que o ano novo começar o garoto deverá voltar para o apartamento da mãe.

Um dia antes da mudança, o garoto estava empolgado, pois iria passar o verão na beira da praia e tal, mas então veio a chuva, e ele ficou deprimido, numa casa enorme, mas sem video game. Marcelo tentou animá-lo mostrando-lhe sua mesa de sinuca, sua academia, mas nem mesmo sua Samsung LED com Home Theater chamou sua atenção, no entanto, quando Léo viu a coleção de filmes do pai, que sua mãe jamais deixaria ele ver, ele se encantou.

_ PULP FICTION! Porra, pai, eu sempre quis ver esse filme! Posso ver?
_ Mas é claro, o que é meu é seu, por que não poderia?
_ A mãe diz que só posso ver filmes que sejam no máximo classificação 12 anos.
_ Bobagem. Qualquer pessoa pode assistir qualquer filme, contanto que esteja acompanhada de alguém de sua confiança e que se responsabilize pelos seus atos. E esta noite, amigão, vamos ver Pulp Fiction!
_ Uhull!! Mas porque temos que esperar até à noite?
_ Porque agora o pai tá indo trabalhar. Quer vir ver o meu trabalho?
_ Ah, você fica num estúdio de gravação que nem a mãe, né?
_ É, mas é diferente. No meu trabalho você vai conhecer modelos e atrizes lindas.
_ Tá, pode ser.

Marcelo levou seu filho para o set de filmagem, pediu que ele ficasse sentado num canto, observando tudo em silêncio. Era a gravação de um comercial de bronzeador, três modelos, Carol, Miranda e Samanta, duas morenas e uma "loira". Elas captaram muito bem a essência das personagens. Ao término das gravações, Marcelo parabenizou as três moças, de modo bem efusivo, Léo reparou no jeito como seu pai interagia com as modelos.

À noite, eles foram jantar na Beira-Mar, e durante o jantar Léo perguntou:

_ Pai, cê ta comendo elas?
_ Tô...Quem?
_ Aquelas modelos...
_ Por que você acha isso?
_ Pelo jeito como você deu parabéns pra elas, com beijinhos e tapinhas.
_ E o que faz você pensar que um homem só pode beijar e dar tapinhas quando já dormiu com alguma mulher?
_ Pai, sou um pré-adolescente, não um retardado. Ou você já comeu ou vai comer.
_ Tomara que você esteja certo.

FIM

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Duas Mulheres no Mercado


Suzana Bremer é uma jornalista de 32 anos, ela apresenta um programa matinal chamado Bem Floripa. Suzana mora em uma cobertura duplex na Beira-Mar Norte, com seu filho Léo e dois gatos, Zico e Zeca. Ela está noiva de Bruno Galotti, dramaturgo e escritor, eles conheceram-se quando ela ainda fazia teatro e terminava a faculdade de Jornalismo, assim que ela divorciou-se do seu primeiro marido o diretor de arte e publicitário Marcelo Cabral Filho.

Todas as manhãs, Suzana acorda seu filho, lhe dá dinheiro para o lanche e então ela vai trabalhar e ele vai pro colégio. Na última terça-feira, ela foi às compras, logo após o trabalho. No mercado, Suzana encontrou Denise.

_ OOoooi!
_ OOoooi!

Elas se cumprimentaram sem inconstar uma na outra.

_ Vi seu programa esta manhã, Suzana você estava linda!
_ Obrigada. E aí, como é que vão as coisas?
_ Menina, tô numa correria, muita coisa, muitos trabalhos da faculdade.
_ Uhum, mas e as coisas, entre você e o Marcelo?
_ Vão bem.
_ Tem certeza?
_ Tenho.
_ Porque quando o Léo já tava maiorzinho e eu voltei a ficar muito ocupada com a faculdade, Marcelo se aproveitava da minha ausência pra ir aprontar, se é que você me entende.
_ Claro que eu entendo, mas como não sou casada com ele, ainda, não tem como ele se aproveitar da minha ausência, se é que você me entende. Ah, só pra esclarecer, se eu soubesse que ele já era casado, jamais teria ficado com ele.
_ Ah, menina, nem esquenta, eu agradeço, assim tive um bom motivo pra me divorciar e ter tudo que tenho hoje, claro que engravidar ajudou bastante. Se eu fosse você botaria um pãozinho no forno logo, hein.
_ Tudo ao seu tempo, ainda sou muito nova pra ser mãe.
_ Quantos anos você tem, 29, 30?
_ Nossa! Não, tô com 27.
_ Bom, foi muito bom te encontrar, Denise. E lembre-se ele é lindo, rico, tem uma casa maravilhosa, mas também é um baita de um safado, só pra te avisar.
_ Pode deixar, estou alerta.

E as duas despediram-se dando risadinhas.

"Hum, é aqui", pensou Marcelo quando estacionou o carro. Ele foi caminhando, todo cheio de pose, óculos escuro, charuto. Dirigiu-se à recepção, e apoiado no balcão tirou um papelzinho do bolso do blazer, e disse:

_ Lívia Ramon?
_ Quarto 300.
_ Obrigado.

Marcelo bateu à porta, e ao escutar o comando que dizia para entrar, entrou.

_ Oi, querida, cheguei.
_ Encontrei sua namorada hoje no mercado.

FIM